Primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, chamou ataque de ‘ato hediondo’. Ainda não se sabe as nacionalidades dos turistas que estavam no ataque. Paramédicos e policiais carregam turista ferido para hospital em Anantnag após ataque contra turistas em 22 de abril de 2025.
Tauseef Mustafa/AFP
O Paquistão fechou seu espaço aéreo para companhias aéreas indianas e rejeitou a suspensão de Nova Déli de um tratado de compartilhamento de águas nesta quinta-feira (24).
A decisão foi uma retaliação à resposta da vizinha Índia a um ataque na parte da Caxemira sob controle indiano no início da semana.
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O anúncio do Gabinete do Primeiro-Ministro do Paquistão ocorreu após uma reunião do Comitê de Segurança Nacional, um dia após a Índia afirmar que havia elementos transfronteiriços no ataque de terça-feira, no qual 26 homens foram mortos a tiros por militantes em um destino turístico popular.
A polícia indiana publicou avisos nomeando três suspeitos militantes e afirmando que dois eram paquistaneses, mas Nova Déli não apresentou nenhuma prova das ligações nem compartilhou mais detalhes.
No entanto, na quarta-feira, rebaixou os laços com o Paquistão, suspendendo um tratado de seis décadas sobre as águas do rio Indo e fechando a única passagem terrestre entre os vizinhos.
Assim como a Índia, o Paquistão reivindica as partes da Caxemira sob controle indiano e paquistanês.
“Qualquer ameaça à soberania do Paquistão e à segurança de seu povo será enfrentada com firmes medidas recíprocas em todos os domínios”, afirmou o comunicado paquistanês.
Acrescentou que qualquer tentativa de interromper ou desviar água pertencente ao Paquistão seria considerada um ato de guerra.
Ataque
Ao menos 24 pessoas morreram na região da Caxemira administrada pela Índia quando homens armados abriram fogo contra turistas, disse um alto funcionário da polícia à agência de notícias France Presse (AFP). Autoridades indianas chamaram de o pior ataque contra civis em anos.
O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, condenou o “ato hediondo” e prometeu que os agressores “serão levados à Justiça”. Ele afirmou que equipes de emergência estão no local para socorrer as vítimas.
Um guia turístico disse à AFP que chegou ao local após ouvir tiros e carregou alguns dos feridos a cavalo. Ainda não se sabe as nacionalidades dos turistas que estavam no ataque.
“Vi vários homens caídos no chão, parecendo mortos”, disse Waheed, que forneceu apenas seu primeiro nome.
O ataque teve como alvo turistas em Pahalgam, Caxemira, uma região de maioria muçulmana dividida entre a Índia e o Paquistão desde a independência do Reino Unido em 1947.
Um alto funcionário da polícia da região, que falou sob condição de anonimato, descreveu um massacre no qual pelo menos 24 pessoas morreram.
Nenhum grupo assumiu a responsabilidade pelo ataque até a última publicação desta reportagem, mas rebeldes na região do Himalaia, que buscam a independência ou se juntar ao Paquistão, travam uma insurgência desde 1989.
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Nos últimos anos, as autoridades promoveram intensamente a região montanhosa como um destino de férias, tanto para esquiar durante os meses de inverno quanto para escapar do calor escaldante de outras partes da Índia durante o verão.
Segundo dados oficiais, cerca de 3,5 milhões de turistas visitaram a Caxemira em 2024, a maioria deles nacionais.
A Índia regularmente culpa o Paquistão por apoiar os grupos armados por trás da insurgência.
Islamabad nega essas acusações e afirma que apenas apoia a luta da Caxemira pela autodeterminação.
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